Femen

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Grito sem voz.

Quando escuto falar sobre abuso sexual contra uma mulher adulta, que tem seu corpo invadido e muitas vezes é sinalizada como "piriguete que sai sozinha na rua de roupa curta, pedindo para ser comida" sinto enjoo, revolta, raiva. Quando escuto falar sobre esse ato criminoso, monstruoso e doentio contra uma criança, minha vontade é de ir ao encontro do causador do abuso e lhe dar um tiro na cabeça. Essa semana tenho lido vários artigos e a própria carta escrita por Dylan Farrow, filha adotiva de Woody Allen. Ela relata em sua carta a maneira como foi abusada sexualmente, na infância, por aquele que ela chamou de pai e o como médicos, especialistas e a própria fama do pai mascararam esse ato cruel e nojento.  A carta na íntegra você encontra aqui (http://oglobo.globo.com/cultura/dylan-farrow-qual-seu-filme-favorito-de-woody-allen-11479372#ixzz2sGAjSU00)

Woody já havia sido acusado outra vez desse mesmo crime, mas saiu ileso e inocente das acusações. E quanto a acusação feita por Dylan, ela foi rotulada como uma criança que não tinha maturidade intelectual para discernir realidade e fantasia. Há tanta bizarrice e crueldade incutida no relato dessa jovem que não tenho coragem de imaginar o que ela passou. A justiça o fez inocente, ok. Mas o que penso é apenas que isso acaba reforçando o medo que muitas pessoas tem de denunciar esse ato, causando culpa na própria vítima. Dylan chegou a dizer que se sentiu culpada por inúmeras vezes ao ter permitido que ele se aproximasse de outras crianças. Entendem como isso é doentio? É um ato tão desumano que faz a vítima se sentir culpada. Até quando meu Deus? 
Espero que justiça seja feita e que o poder da mídia, do sucesso e de inúmeras outras influências não mascare mais uma vez a monstruosidade relatada por essa jovem. 
Sem mais. 


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