Femen

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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Tem gente matando gente. Qual o mal em amar?

Não é só um clichê bobo considerar justa toda a forma de amor. Considero justa toda a entrega, todo sentimento verdadeiro, todo carinho, todo toque. Um abraço, um beijo estalado, no rosto, na boca. Se você olha e o olhar é retribuído, penso "pq não?". Não há mal em amar, em ter vontade de estar junto, em firmar um laço de afeto (por uma noite, ou pela vida inteira). Os que não entendem isso morrem sem conhecer a dádiva de ser livre. Somos seres pensantes, animais racionais. Sabemos o que queremos, mas poucos tem coragem de viver 100% do que desejam e menos coragem ainda pra lidar com o que resta do amor.


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Grito sem voz.

Quando escuto falar sobre abuso sexual contra uma mulher adulta, que tem seu corpo invadido e muitas vezes é sinalizada como "piriguete que sai sozinha na rua de roupa curta, pedindo para ser comida" sinto enjoo, revolta, raiva. Quando escuto falar sobre esse ato criminoso, monstruoso e doentio contra uma criança, minha vontade é de ir ao encontro do causador do abuso e lhe dar um tiro na cabeça. Essa semana tenho lido vários artigos e a própria carta escrita por Dylan Farrow, filha adotiva de Woody Allen. Ela relata em sua carta a maneira como foi abusada sexualmente, na infância, por aquele que ela chamou de pai e o como médicos, especialistas e a própria fama do pai mascararam esse ato cruel e nojento.  A carta na íntegra você encontra aqui (http://oglobo.globo.com/cultura/dylan-farrow-qual-seu-filme-favorito-de-woody-allen-11479372#ixzz2sGAjSU00)

Woody já havia sido acusado outra vez desse mesmo crime, mas saiu ileso e inocente das acusações. E quanto a acusação feita por Dylan, ela foi rotulada como uma criança que não tinha maturidade intelectual para discernir realidade e fantasia. Há tanta bizarrice e crueldade incutida no relato dessa jovem que não tenho coragem de imaginar o que ela passou. A justiça o fez inocente, ok. Mas o que penso é apenas que isso acaba reforçando o medo que muitas pessoas tem de denunciar esse ato, causando culpa na própria vítima. Dylan chegou a dizer que se sentiu culpada por inúmeras vezes ao ter permitido que ele se aproximasse de outras crianças. Entendem como isso é doentio? É um ato tão desumano que faz a vítima se sentir culpada. Até quando meu Deus? 
Espero que justiça seja feita e que o poder da mídia, do sucesso e de inúmeras outras influências não mascare mais uma vez a monstruosidade relatada por essa jovem. 
Sem mais.