Femen

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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Machismo nosso de cada dia.

Oi moç@s.

Tenho parado para me perguntar até onde a postura individual de uma mulher pode interferir no pré-julgamento de qualquer outra mulher no mundo. Ou seja, eu posso sair para badalar, usar um vestido avassalador, um salto alto e o melhor perfume do mundo e simplesmente não querer nenhum cara do meu lado nesse momento. Assim como eu posso estar completamente com o olhar distraído, vestindo longo, mas ter pensamento em um cara que eu desejo estar ao lado. Mas até onde eu estar na balada, de vestido curto com as minhas amigas, do mesmo modo, influencia a opinião a meu respeito, a respeito do que eu quero, do como eu penso e do que os outros pensam das mulheres que assim como eu estão vestidas, ou comportam-se? Até onde somos todas "farinha do mesmo saco". Até onde a minha roupa, o meu jeito escandaloso de sorrir e até mesmo a sutilidade quase infantil do meu jeito de andar define o que eu realmente seja ou queira?
Aqui escreve uma mulher de quase 28 anos que já passou por inúmeras fases e que já sofreu na pele o machismo cruel de alguns rapazes. Uma mulher que já foi oprimida pelo machismo e que quase chegou a render-se a ele. Mas, acima de tudo, aqui escreve uma mulher que jamais aceitará ser chamada de "puta" pelo número de namorados que teve, ou pelo número de carinhas que já saiu sem compromisso algum e que entende que se tivesse nascido homem não teria nem motivos para estar escrevendo esse blog. Quem ditou as regras? Somos descendentes de mulheres que lutaram e lutaram muito... Lutaram pelo direito ao direito ao voto, ao trabalho reconhecido, aos estudos... Quem impôs que nossos corpos seriam de domínio de nossos parceiros, ou de um único parceiro para a vida toda? Quem inventou que se você pode contar quantos caras uma mulher transou  isso vale para determiná-la como uma puta ou uma santa?
Sei que ouvir "SE DÊ AO RESPEITO", me ensurdece! O respeito é meu por direito. Nasci com ele e ninguém pode tirá-lo. Ninguém pode tocar em mim sem minha autorização. Ninguém pode julgar-me sem me conhecer. Ninguém tem o direito de me definir. Pois na maioria das vezes irá errar.
Caráter, lealdade, fidelidade, religiosidade, romantismo, inteligência são CARACTERÍSTICAS HUMANAS aplaudidas e cada uma dessas características independe totalmente DA MINHA POSTURA FEMINISTA.
HUMANIDADE FEMININA É A QUESTÃO, SER OBJETO NUNCA FOI!

Muito ainda pra pensar, pra dizer e pra escrever... Mas deixa para o próximo post.

Carpe Diem moç@s.


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